Morte Pelo Nariz

Quando uma criança vai se desenvolvendo no ventre da mãe, aos poucos vão surgindo suas formações, os membros vão se constituindo e seu mundo sensorial vai sendo despertado. Na vigésima semana de gestação, por exemplo, o olfato se forma. O discernimento dos odores que vai surgindo acompanhará o indivíduo pela vida inteira, pois os cheiros e os aromas trazem sensibilidade e até efeitos físicos, e o nariz passa a conduzir parte do destino da pessoa.

Como parte do sistema respiratório, do nariz frui o hálito humano da vida, que é a respiração; nasce um diálogo essencial com o ar atmosférico; surge a noção do cheiro agradável ou desagradável; direciona o indivíduo para o ar puro dos campos, das montanhas, dos jardins, das flores. Porém, quando o dono do nariz deixa de respirar o bem e prefere aspirar o mal, a vida pode inverter-se na morte.

Qualquer coisa que esteja perto do nariz desprende moléculas de odor que se espalham pelo ar, penetram nas narinas e atingem um grupo especial de células na porção mais interna, próximo à base do crânio, disparando mensagens químicas que permitem ao cérebro decifrar o que aquele elemento significa. Este é o mesmo processo nas primeiras absorções das drogas usadas por via nasal. Com a constância do uso, é o próprio nariz que começa a morrer, deixar de funcionar corretamente.

Por que aquele pó branco, indolor, é tão desejado pelas narinas dos que não querem mais cheirar a vida? Por que inalar o cheiro forte do líquido se a vida requer solidez? Por que o pó cristalino não é sinônimo de pureza? Por que inalar, aspirar ou cheirar psicoestimulantes se a mente nasceu com o homem para estimular as coisas boas da vida? Por que o pó branco forma sempre uma nuvem negra no indivíduo? Por que drogas e por que drogars-se, afinal?

As drogas existem, é fato, e os drogados se multiplicam. Contudo, a vida não pode e não deve se resumir ao pó, branco ou cristalino que seja. Droga, como o próprio nome diz, é uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe destrutivamente o caráter e o comportamento. Cocaína, que vai causando danos cerebrais a cada dose; heroína ("chasing the dragon"), que também causa danos irreversíveis ao cérebro e outros graves problemas de saúde; drogas depressoras inalantes (éter, cola de sapateiro, benzina, acetona, tinner etc), que desestabilizam o sistema nervoso e podem causar parada respiratória; metanfetaminas (ice, cristal, speed e meth), que provocam desequilíbrio químico cerebral; e maconha e haxixe, que também podem ser cheirados, são drogas que primeiro destroem as vias nasais e as mucosas e depois acabam destruindo o indivíduo.

A partir do nariz, se cheiradas, aspiradas ou inaladas, as drogas passam a produzir múltiplas sensações, que certamente não são de aromas nem de perfumes ou de bem-estar do espírito. Até que no primeiro momento o usuário pode ter a sensação de grande força e iniciativa, grande excitação e euforia, alucinações, impressão de força muscular e mental, desinibição, aumento ilusório de energia, encorajamento e força expressiva, dentre outras falsas noções. Mas tudo não passa de minutos, de poucas horas, pois a seguir o mundo começa a desabar e a realidade que surge é assustadora: a morte diz que é preciso mais.

Imagine só: Certa vez um drogado contumaz afirmou, já nas raias da fronteira da loucura, que era viciado e que cheirava pó porque ele mesmo era pó e ao pó haveria de retornar. “Pois tu és pó e ao pó haverá de retornar”, diz o ditado bíblico sobre a fragilidade do homem, e ele achou que estava justificando sua atitude de maneira digna, religiosamente correta. E não deu outra: abandonando o lar e a família, sem ter mais amigos para sustentar o vício, passou a dormir em baixo de marquises, usando jornais e papelões como cobertor. Numa manhã encontraram basicamente cinzas no local, pois atearam fogo no meio da noite e, sem querer, o indivíduo virou pó, cinzas. Plantou e colheu aqui mesmo.

Contam ainda que o viciado não fala, “troca lero” com os da mesma “laia”. Assim é construída uma frase inteligente: Na última “pegada” mano fiz uma “bad trip” (viagem ruim, com sofrimento) e agora tô de “larica” (fome química) e preciso “matar a lara” (matar a fome química), sem “sujeira” (situação perigosa). Tire aí o pó do “mocó” (esconderijo) que vou dar uma cheirada, sem “nóia” (preocupação) e depois vou “mocosar” (esconder) no maior “sussú” (sossego). E o outro entende e dialoga da mesma forma, e o outro age da mesma forma e certamente morrerá da mesma forma.

No mundo de múltiplas, boas e prazerosas opções, de encantadoras e suaves fragrâncias, o indivíduo optar utilizar suas narinas para aspirar lentamente o suicídio, para sentir a putrefação da morte e para viajar por abismos é, no mínimo, uma indignidade para com a vida que lhe foi concedida. E por ser breve a vida, e porque nela o homem tem uma digna missão a cumprir, e porque sem construir o bem a vida não merece ser vivida, é que o pó destruidor não pode ser o limite entre o indivíduo em sua plenitude e o seu espectro. Essa fronteira seria facilmente ultrapassada se, ao invés de cheirar, o jovem soprasse para longe suas influências e seguisse adiante com firmeza e dignidade.

Para os que ainda têm tempo, para os que ainda pensam na vida como uma coisa bela, uma só frase: Ao amanhecer, procure um jardim e sinta o aroma das flores, depois escolha o perfume que você quer ter na vida e siga adiante.

DJ MAGRÃO E MARCIO G. (MARCIO E GORÓ)



O funk é conhecido pela alegria que leva às pessoas, pela conscientização dos jovens e por falar de amor.
Mas como em toda história, o funk também tem seus momentos de tristeza. Um deles está próximo de
completar cinco anos.
Quem não lembra dos versos de ´A distância`, ´Deitados na areia` ou ´Atrevida`.
Músicas que fizeram muito sucesso nos anos 90, nas vozes da dupla de MC`s Márcio e Goró.
Uma parceria que foi desfeita em mais um caso de negligência do nosso governo, que se recusa
em preparar seus jovens para o mercado de trabalho e os deixam à mercê da própria sorte.
E nesta história não foi diferente.
Nasce e cresce no subúrbio do Rio de Janeiro, um jovem que tem como principal ´arma`,
para enfrentar as batalhas que a vida lhe reserva, um dom dado por Deus: compor.
E foi com este dom, ao lado de um velho amigo de infância, que esse menino conheceu um movimento
musical que estava de portas abertas para todos aqueles que, com consciência, resolveram falar de seus
sentimentos e idéias.
Eles cresceram, fizeram sucesso, ganharam fama, dinheiro, só que o que eles não esperavam é que um
dia aquilo poderia ter um fim. E infelizmente aconteceu.
Carros importados, dinheiro, fama e mulheres, vieram e se foram com a mesma rapidez,
causando angústia naquele garoto que não tinha estrutura cultural nem emocional para isso.
Pronto! O desespero toma conta de sua vida e sem acreditar que, para tudo, Deus tem uma solução,
no auge de sua depressão, em um momento de fúria, ele resolve acabar com aquilo que mais lhe
incomodava: A PRÓPRIA VIDA. E, com um tiro na cabeça, despediu-se de nós o talentoso Mc Goró.

E o Marcio por onde anda?
Isto e muito mais é o que pode ser conferido na entrevista desta semana da coluna RIO FUNK.

DJ MAGRÃO: Por que Marcio G.?
MARCIO G: Resolvi prestar essa homenagem ao meu eterno parceiro Mc Goró.

DJ MAGRÃO: Tanto tempo de ausência do seu parceiro, como você se sente hoje?
MARCIO G: Não tão bem, mas um pouco mais conformado.

DJ MAGRÃO: ´A DISTÂNCIA` (música de grande sucesso da dupla) hoje ainda é uma das mais tocadas na
noite carioca, a que você atribui esse sucesso depois de tantos anos?
MARCIO G: Eu acho que é porque além de ter marcado a história do próprio funk, ela também faz parte da trilha sonora de muitas pessoas, que hoje matam a saudade daquilo que geralmente a gente chama de ´uma época que não volta nunca mais`.

DJ MAGRÃO: Em que você acha que a dupla Mácio e Goró contribuiu para o movimento
funk e seus admiradores?
MARCIO G: Acho que na alegria e nas mensagens de paz e conscientização.
O que automaticamente refletiu de forma positiva na imagem do funk.

DJ MAGRÃO: Você tem contrato assinado com alguma gravadora?
MARCIO G: Não, por enquanto não.

DJ MAGRÃO: A pirataria atrapalha muito na negociação do artista com a gravadora?
MARCIO G: Sim, e muito. Ela é a principal culpada por muitos artistas hoje não terem uma gravadora.
Talvez, se os órgãos competentes fossem mais enérgicos nas suas fiscalizações e punições,
as coisas não estariam deste jeito.

DJ MAGRÃO: O funk voltou a fazer muito sucesso, mas os mais tocados são aqueles que chamamos
de ´funk antigo`. O que você acha disso?
MARCIO G: Eu sei que podem achar até radical da minha parte, mas eu sou da antiga e acho que isso
nada mais é do que um reflexo desse funk sem qualidade que a galera que tá chegando agora faz.
Eles falam muito de pornografia, fazem apologia a isso ou àquilo, e esquecem da essência do funk,
que é falar de forma consciente sobre diversão, política ou até mesmo amor.

DJ MAGRÃO: Com o ´funk antigo` em alta, você acha que se o Goró estivesse vivo as coisas seriam
diferentes para você?
MARCIO G: Com certeza. Posso dizer inclusive, com muita humildade, que seríamos uns dos artistas
mais solicitados do mercado. A julgar pelo retrospecto de sucesso de nossas músicas.

DJ MAGRÃO: Por que você acha que o Goró se matou?
MARCIO G: Durante muito tempo eu me perguntei isso. Só consegui achar uma resposta para
me conformar: falta da direção de Deus. Penso que se ele tivesse entregado os problemas dele
na mão de Deus, como eu fiz, nada disso teria acontecido.

DJ MAGRÃO: Este novo ´BUM` do funk abriu portas jamais imaginadas. Você acha que isso é só modismo?
MARCIO G: Não. Eu acho que o funk já passou pela fase do modismo. O que nós estamos tendo
agora é o reconhecimento da mídia e da sociedade, de um movimento musical criado pelo povo da favela.

DJ MAGRÃO: Sempre que uma dupla se desfaz, surgem boatos de uma substituição.
Você pensou em algum momento substituir o Mc Goró?
MARCIO G: Não, em momento algum. (Responde seco, sem deixar margens para dúvidas sobre esta questão).

DJ MAGRÃO: Com carreira solo e de nome novo, quais são os projetos do Marcio G para o futuro?
MARCIO G: Assinar com uma gravadora, gravar um CD ao vivo e ver minhas músicas
novamente tocando nas rádios de todo o país.

DJ MAGRÃO: Como fazer para contratar o Mc Márcio G?
MARCIO G: Através do tel: 3357-9145

MC GORDINHO (FORTALEZA - CE)





NOSSO MC DE FORTALEZA, CAPITAL DO CEARÁ QUE TAMBÉM PARTICIPA DO MOVIMENTO VIDA AO FUNK NACIONAL. MC GORDINHO, HOJE CONTA COM VARIOS SUCESSOS, ENTRE ELES SE DESTACA "Atividade" que você pode ouvir neste link http://www.yehplay.com/musics/MC-GORDINHO-ATIVIDADE/296979/

VINHETA VIDA AO FUNK NACIONAL

PARTICIPE TAMBEM DESTA LUTA, VAMOS TRAZER AO FUNK NACIONAL AS LETRAS DA ANTIGA, QUE NOS PERMITIAM SONHAR, ACREDITAR E NÃO DESITIR DE NOSSOS SONHOS. NOSSO OBJETIVO É FAZER COM QUE TODO BRASILEIRO TENHA O DIREITO DE OUVIR A VERDADEIRA REALIDADE, TRAZENDO VIDA AO FUNK, COM CONTEUDO DE VERDADE. ASSIM COMO GALO, MASCOTE, WILIAM E DUDA, NENEM, AMILKA E CHOCOLATE, CIDINHO E DOCA E PRINCIPALMENTE MARCINHO QUE NÃO DESISTIU E COMO MUITOS OUTROS. EU ASSIS MELO, DIRETAMENTE DE FORTALEZA QUE AMO O NOSSO FUNK NÃO PODERIA DEIXAR DE PELO MENOS TENTAR, NÓS DA ANTIGA CANTAMOS TANTO A ATUALIDADE COMO O MELHOR DO FUNK, ESTAMOS PREPARADOS PARA LEVAR AO BRASIL CONTEÚDO DE DIVERSOS TIPOS A NOSSOS FÃS E OUVINTES, PORÉM NÃO PODEMOS FICAR DE BRAÇOS CRUZADOS E DEIXAR QUE MILHÕES DE FUNKEIROS QUE ENFRENTARAM JUNTO COM A GENTE O PRECONCEITO E CONSEGUIRAM COLOCAR O FUNK NA MIDIA, FIQUEM SEM TER O QUE OUVIR DE VERDADE, SÓ PORQUE A ATUALIDADE E A MIDIA EXPLORA A SENSUALIDADE E USAM O STILO FUNK PARA SE BENEFICIAREM COM A VITÓRIA QUE NÓS, OS DA ANTIGA CONQUISTAMOS. FIQUEM A VONTADE PARA COMENTAR E PARTICPAR DO SITE E DAS DIVULGAÇÕES.

Assis Melo

Criador do Movimento Vida ao Funk Nacional.

MC MASCOTE


MCS WILIAM E DUDA


MC MARCINHO


MC GALO